quarta-feira, 27 de julho de 2011

O PROBLEMA É DA EUROPA SIM, MAS NÃO SÓ

Como é evidente, se pertencemos, a um grupo, a uma associação, a um clube, a uma comunidade, apesar da nossa responsabilidade como membros, existe a responsabilidade do agrupamento, e daqueles que o representam como um todo  na defesa e na orientação dos seus interesses. A Europa, é uma comunidade de países, com características culturais e indiosincráticas próprias, com estádios assimétricos de desenvolvimento. O seu processo de alargamento,  foi-se desenvolvendo por motivações económicas, mas também de segurança. No sec XX  houve já duas guerras mundiais, e ambas iniciadas no espaço europeu. À medida que a construção europeia foi caminhando, e mais própriamente com a entrada de novos países para o seu seio, o processo de coesão foi-se desenvolvendo, com vitórias e derrotas. A maior vitória na construção europeia, foi sem dúvida a criação da união monetária com o respectivo Euro, e a maior derrota foi o chumbo em referendo  da constituição europeia em alguns países membros. Uma Europa assente exclusivamente no domínio monetário  e em processos de intenção não é suficiente para a sua ampla construção, é necessário MAIS componente orçamental, MAIS segurança, e muito importante a componente MAIS política. Com a Europa a crescer na última década  a taxas médias de 2% ao ano, vítima de um processo de desindustrialização permanente; assente num modelo social Europeu desajustado da nova realidade económica e demográfica, estava-se a ver onde é que isto iria parar. Como diz o ditado "casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".  Estados sociais generosos, esperança de vida cada vez maior, critérios de convergência da dívida e do défice deitados para as calengas gregas, crise financeira internacional; só podia levar à crise económica na zona Euro, com a consequente crise das dívidas soberanas dos países economicamnete mais débeis. Logo crise no €uro.
 É neste preciso ponto onde quero chegar. Apesar da crise financeira mundial, os sinais de abaixamento da procura agregada da economia europeia, já se vinha a sentir à bastantes anos. O que é que os países periféricos como Portugal a Grécia mesmo a Itália de Berlusconi fizeram ? Nada. Ignoraram, na expectativa, que a tempestade passasse. Na expectativa que as economias voltassem a crescer a 3 e 4% ao ano.  A Alemanha fez acordos sociais com os sindicatos no sentido da redução salarial e implementou reformas no sentido de ajustar a sua economia à nova realidade económica mundial. A economia alemã ajustou-se à realidade. Aqui e na Grécia continuou-se a viver à tripa forra. Desorçamentou-se, escondeu-se, ignorou-se. Agora ai! ai! que não há Europa. Não há de facto Europa, mas com franqueza, esse argumento é de mau pagador.

Sem comentários:

O DIA DA LIBERDADE

   Análise sucinta em termos económicos  do que se está a passar nos Estado Unidos . Problemas da economia americana : Défice orçamental Déf...