sábado, 16 de julho de 2011

O PARADOXO DOS PARTIDOS

Devem-se lembrar do último congresso do Partido Socialista. Daquela unidade em torno do líder Sócrates. Lembram-se dos discursos de bajulação de António Costa, António Vitorino. Oh Zé tu és fantástico. És o maior.  Sócrates clamava. Posso contar com vocês ? O congresso gritava. Sim ! estamos contigo.
Mas que parte ideológica representava afinal de contas Sócrates no PS ? A ala mais centrista do partido Socialista. Sócrates não representava concerteza a ala mais à esquerda do Partido. Depois deste unanimismo geral, dir-se-ia que estava  traçado no PS, uma nova corrente, tipo "new deal", e que em face desta nova corrente, aqueles que tivessem estado mais próximos de  Sócrates, seriam de certo os mais bem posicionados para ascender à liderança do Partido. Nada mais falso. No fim de semana que vem, vão a votos para à liderança do partido Socialista, os dois únicos candidatos; Francisco Assis e José Seguro. Francisco Assis, pessoa por quem tenho uma especial simpatia, não só pela densidade intelectual, integridade moral e ética, coragem física (demonstrada quando enfrentou os caciques da concelhia de Felgueiras), mas também uma capacidade argumentativa muito acima da média, é o candidato mais conotado com José Sócrates. Seria ele concerteza um vencedor anunciado. Mas não. Todas as previsões dão José Seguro como o futuro líder do partido. Será o vencedor, não o candidato mais conotado com a anterior liderança, mas sim aquele que lhe fez mais oposição, e que que representa a ala mais esquerdista do PS. Uma conclusão se pode retirar desta análise. Os partidos e seus militantes são vazios ideologicamente. Elegem personalidades por si só, e não perssonalidades que representem projectos ou correntes. Estão com aqueles que lhes asseguram sim, a manutenção no poder, e as benesses que esse poder significa. Aquele individuo, que fazia uma oposição que quase não se via. Fez o trabalho de formiguinha. Junto das bases. Agora vêm com aquele discurso moralista, "Não ofendam o PS. O meu PS. 
Os portugueses,  aqueles portugueses que votam partido Socialista, e não só, estavam à espera de outra liderança. Estavam à espera de uma lufada de ar fresco. Este Seguro, começou mesmo mal (Como já escrevi ). O discurso cheira a bafio. Onde é que eu já ouvi isto. O PS, vai passar um mau bocado. Os portugueses já não vão nesta cantilena. Precisam de políticos verdadeiros com projecto, que os tirem destas areias movediças para onde foram levados por este tipo de lideranças políticas.

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