domingo, 28 de abril de 2013

NOVO RUMO

O congresso do partido socialista que terminou hoje, não teve nada de novo em relação ao último congresso do PS, em que todos aqueles que aclamaram por unanimidadde  José Sócrates , foram os mesmos que aclamaram hoje António José Seguro.

Nada de novo  era de esperar. Não esquecer que se tratou nada mais nada menos que uma reunião  da tribo partidária socialista, e como as tribos necessitam de assegurar a sua  sobrevivência e dos seus, nada melhor que lhes darem um pretexto para tal:  o discurso do 25 de abril do Presidente da República.

Mas antes de analisarmos o discurso do Presidente na perspetiva do partido socialista,  analisemos a prestação de alguns dos principais opositores à actual iderança. Quanto à forma: como é habitual, a gritaria fez-se ouvir.  António Costa, só lhe faltou saltar gritando "e quem não salta, é do governo. .......e quem não salta é do ...." o homem nem parecia ele, gritava:  "......juntos somos imbatíveis......" até parecia um grito de guerra,  do tipo agarrem-me senão eu mato-o. Quanto ao conteúdo,  ouve dois discursos que se se podem chamar dignos disso. Francisco Assis, que é quanto a mim do melhor que há no partido socialista;  fala com alma, substância, e extrema inteligência. É verdadeiro. É como o algodão; não engana. Julgo ainda o ver um dia como primeiro ministro, e não tenho dúvidas em afirmar que há-de ser um excelente  primeiro ministro. O outro para mal dos meus pecados, foi o do próprio José Seguro. Confesso, que desde o afrontamento á sua liderança pelos Socráticos, melhorou bastante, e neste congresso, com a ajuda do tribunal constitucional, e do Presidente da República, conseguiu reunir a tribo toda à sua volta.

Os Socráticos também estiveram presentes, e se repararam, Silva Pereira,  quando discursou, estava ofegante, parece que tinha acabado de chegar de Paris. Aproveitou mais uma oportunidade dando seguimento a guerrilha de Sócrates, de atacar mais uma vez o Presidente da República. Outras personagens já gastas e que representam o pior que há nos partidos, tenho a sublinhar Edite Estrela, que mais não disse que uma paliçada; chamando a atenção daquilo que todos já sabemos; que se Paulo Portas quiser pode derrubar o governo. Esta personagem arrepiante que anda sempre feita pajem atrás de todos os líderes do partido, a posicionara-se  para a foto e para manter um lugarzito ora no Parlamento Europeu, ora na Assembleia da República, devia era desaparecer de cena, pois tal como a Constança já não há paciência,  "não há festa nem festança onde não esteja a d. Constança". 
Qual é o problema desta gente das tribos ? É que mesmo que o líder seja carismático; substantivo e com uma grande visão para o país, esbarra naqueles que o acompanham, já que como afirmei algumas vezes, aqueles que fazem parte do núcleo duro são indivíduos profissionais da politica, e pouco ou nada sabem da vida real em concreto. Daí que, muito dificilmente se consiga concretizar algo de bom quando se é rodeado de tão mal.

No respeitante às críticas ao Presidente da República,  concordo apenas numa coisa; se o Presidente da República acha  alguma coisa impossível, que seja bandeira de um qualquer partido,  não o deve manifestar em público, e muito menos numa cerimónia como a do 25 de Abril.  Mas do ponto de vista substantivo, disse evidências; e a principal, é que quer esteja o partido socialista no poder ou outro qualquer,  a margem de manobra para alterar o que quer que seja, é muito estreita. Dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas, ainda que isso pudesse satisfazer muito o partido socialista,  era estreitar ainda mais a margem de manobra.
Alternativa a esta política, com base numa eventual mutualizaçao das dívidas soberanas dos países do Sul, como sugeriu António José Seguro, só indo pela criação de uma frente unida destes países,  para enfrentarem a frente norte encabeçada por Merkel.
Pessoalmente não acredito nisso, porque apesar de todos os membros do €uro serem de alguma forma responsáveis pelo endividamento de alguns países, são esses países na sua grande parte os principais responsáveis. Julgo também, não ser solução, pois indo à questão de fundo, que são as características indiosincráticas dos povos do Sul, onde a bandalheira e da corrupção contaminam o crescimento destas sociedades, quando não controladas, quer seja por tratados orçamentais, ou de outra forma qualquer, descarrilam sempre, e nós somos disso exemplo, já com 3 defaults no pós 25 de Abril 

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