Parafraseando o novo ministro da Presidência, Poiares Maduro.
" Estou farto de ouvir gente falar cheia de razão, e não fazer uso dela "
Vamos lá perceber estes comentadores !. É certo que o caminho faz-se caminhando, mas temos que ter orientação e convicções; e quando falamos de economia, é bem melhor ir com calma, não vá o diabo tecê-las. Primeiro apoiavam a necessidade de corrigir fortemente o déficite e a dívida pública. Agora já não é bem assim; dizem que tem que ser mais devagar, mesmo estando a dívida a aumentar diáriamente a grande velocidade. Os fortes activistas defensores de um forte ajustamento, como João Duque, Medina Carreira e Cantiga Esteves, já começam a virar o azimute. Começam a ver, que no fim, no campo de batalha ficam estatelados um mar de cadáveres. Começam a contestar mais fortemente as orientações europeias e mais precisamente a ortodoxia alemã defensora do controlo da inflação e do déficite orçamental. No limite, a saída do €uro começa cada vez mais a fazer o seu caminho.
Sabem porque é que estão a mudar de opinião ? Primeiro começam a sentir-se mal com a pobreza que os rodeia, e segundo lugar estão a ver a sua vidinha a andar para trás. Alguns começam a ter receio que a pobreza lhes bata à porta. Estão a perder a convicção. Mas é por isso que só servem para falar com douta razão. Arregassem as mangas e ponham o sistema em causa ! Candidatem-se ao poder ! Para falar e escrever com razão, basto eu. O que chateia, é que aqueles que são também bem alimentados pelo sistema do Euro forte, e têm visibilidade pública, não põem nada em prática. Quando são chamados, ficam também na zona de conforto. Lembram-se do 1º ministro da economia do Bancarrota Sócrates, Campos e Cunha ? Esteve lá tão pouco tempo, que já nem se devem lembrar dele. Contudo, passa muito do seu tempo a dar opinião substantiva na televisão e nos jornais. Ir para a arena quando o touro é bravo e grande, vai para lá tu ! Puxa ! vai para lá tu.
Mas é verdade ou mentira, que o controlo da despesa, quer seja de uma família, de uma empresa, e como é evidente do Estado, é essencial para o seu fortalecimento e projecção sustentada do crescimento ? É verdade ou mentira, que o endividamento desproporcionado, é um garrote ao desenvolvimento ? É verdade ou mentira, que a riqueza de uma família, de uma empresa e de uma nação, está na sua capacidade de criar valor, através do estudo; do desenvolvimento; da disciplina; da investigação e da inovação ? É verdade ou mentira, que uma economia fraca como a nossa e com uma moeda forte como o €uro, para fazer o ajustamento no curto / médio prazo só se consegue com um processo deflacionário forte, e nomeadamente na rubrica salários ? É verdade ou mentira que a mesma economia fraca, fora do Euro, para fazer o ajustamento deste calibre no curto/médio prazo, também somente por um processo deflacionário através de uma desvalorização cambial (baixa de salários indirecta) e correspondente aumento da inflação ?
Não mudem de opinião ! Vocês sabem que é assim. Não há milagres. O que querem estes profetas ? Não é da opinião unânime, que o factor preponderante para o crescimento económico e enriquecimento de uma nação, é a educação ? É verdade ou mentira, que os níveis de exigência na maior parte das nossas escolas e Universidades foram (e em alguns casos, são) uma autêntica vergonha nestas últimas décadas. Todos concordam não é ? Então o que é que querem ? Não estudamos; chumbamos, marcamos passo na grande Universidade Europeia do €uro, onde todos fomos admitidos e onde alguns falsificaram os exames de admissão. Com estas valentes raposas, resta-nos alguma matreirisse.
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