Numa altura de grande aperto, a sociedade portuguesa vê o extremar de posições. De um lado estão os que afirmam que para evitar o inferno, o processo terá de passar pelo purgatório, daí que o processo redentor passa por um período de forte expiação dos pecados, uma espécie de caminho que nos levará a prazo ao paraíso. Do outro lado da barricada estão os agnósticos, que duvidam que o processo de expiação dos pecados os levará a algum lado. Para estes o paraíso não existe. Os pecados da luxúria, da gula, da cobiça e da ostentação devem continuar, porque se ficarem de repente sem os praticar, e pelo contrário a expiá-los, poderá conduzir à morte súbita.
Onde estará a razão? Já quanto foi o pedido de resgate ninguém era responsável pelo descalabro. As posições ficaram extremadas; posição do PS: se o PAC 4 tivesse sido aprovado o resgate não se efectuaria; posição do PSD: se tivesse sido aprovado o PAV 4, o agravamento e as condições de resgate teriam sido muito piores. Será que estas alminhas dos partidos não conseguem ver branco ou preto ? Têm que ver sempre às cores. Como não conseguimos fazer recuar o tempo para agir de outra maneira e tirar as dúvidas, ficamos por aqui já cansados de os ouvir argumentar.
O problema agora é que o extremar de posições já com altos graus de conflitualidade latente, está a aproximar-nos da conflitualidade real. São as classes mais favorecidas a perder rendimento, grande parte da classe média a passar para a baixa, e muitos da classe baixa a passarem para o nível da miséria. São estes os condimentos para um cockteil revolucionário.
Lembro que antes da chegada da ditadura militar e da chamada de Salazar ao poder em 1926, os anos precedentes foram de grande conflitualidade social,
O problema agora é que o extremar de posições já com altos graus de conflitualidade latente, está a aproximar-nos da conflitualidade real. São as classes mais favorecidas a perder rendimento, grande parte da classe média a passar para a baixa, e muitos da classe baixa a passarem para o nível da miséria. São estes os condimentos para um cockteil revolucionário.
Lembro que antes da chegada da ditadura militar e da chamada de Salazar ao poder em 1926, os anos precedentes foram de grande conflitualidade social,
Vemos de facto cada vez mais o extremar de posições. Os portugueses, e aqueles dos países intervencionados, estão zangados. Estão cépticos quanto aos caminhos a tomar, e mais ainda descrentes dos seus representantes. Independentemente do factor Euro, e do factor Europa, qual será de facto o melhor dos caminhos para tirar Portugal da situação de dependência económica mantendo constantes as restantes variáveis ? É que retirando os factores exógenos da análise orçamental como sejam o €uro e a política europeia, fica mais claro o caminho que temos que seguir. É uma espécie de levantamento da cortina de fumo que só nos tem baralhado quanto à forma, já que quanto ao conteúdo, que temos que mudar de vida, estão todos de acordo.
Se nos centrarmos quanto à forma, para qualquer um de nós que esteja numa situação de forte endividamento, e com uma situação de rendimento inferior às suas despesas, têm dois caminhos. Ou aumentar o rendimento para gerar excedentes financeiros para cobrir as suas despesas e ir amortizando a dívida, ou mantendo o mesmo nível de rendimento, baixando de tal maneira as despesas de forma a que sejam tão mais baixas que gerem excedentes para pagar a dívida.
O único factor que podemos introduzir nesta equação é o factor tempo. Esse elemento só deve ser introduzido como factor dilatório, quando o nível de rendimento em função do endividamento seja desadequado a um processo saudável de saneamento financeiro. Em qualquer processo de ajustamento do que quer que seja, quanto mais cedo melhor, desde que o cedo não nos retire capacidades e discernimento para que o desempenho na geração de receitas não seja contra producente. Se um pai de família corta de tal forma nas despesas com alimentação o vai prejudicar no seu desempenho profissional, deve parar por aí. Deve sim optar pelo corte noutras despesas, ou então aumentar as suas competências profissionais de forma a poder gerar mais receitas para o agregado.
O único factor que podemos introduzir nesta equação é o factor tempo. Esse elemento só deve ser introduzido como factor dilatório, quando o nível de rendimento em função do endividamento seja desadequado a um processo saudável de saneamento financeiro. Em qualquer processo de ajustamento do que quer que seja, quanto mais cedo melhor, desde que o cedo não nos retire capacidades e discernimento para que o desempenho na geração de receitas não seja contra producente. Se um pai de família corta de tal forma nas despesas com alimentação o vai prejudicar no seu desempenho profissional, deve parar por aí. Deve sim optar pelo corte noutras despesas, ou então aumentar as suas competências profissionais de forma a poder gerar mais receitas para o agregado.
Uma coisa é certa. As competências profissionais que poderão gerar mais receitas no agregado, são demoradas no tempo. Portanto a prorrogação do prazo de ajustamento não deverá ser o caminho, já que temos às costas a dívida colossal, e com esta a corrosão do juro a pagar. A forma mais rápida de ajustamento é pela via da despesa e rapidamente. Qual despesa ? A despesa não produtiva. É arrancar as lápas da rocha governamental que se alimentam dela sem nada ou quase nada darem em troca. É matar as sangue sugas que chupam o sangue e definham o ser vivo que somos todos nós. É esse o caminho redentor. É este o caminho do paraíso quer para aqueles que acreditem nele quer não.
Os credores querem de volta o seu dinheiro, ou no mínimo uma garantia que lhes paguemos. O tempo é escasso. O desemprego é uma inevitabilidade. A necessidade aguça o engenho. É bom que sintamos depressa a necessidade, porque o engenho virá depressa.
Como já disse os ajustamentos macroeconómicos realizam-se sempre com maior ou menor dor. Quando não feitos na devida altura, a dor será maior.
Venderam e estão para vender empresas altamente lucrativas do ponto económico/ financeiro como sejam PT, REN, EDP, ÁGUAS, TAP, CGD, BRISA etc.., foi e é, um erro de gestão orçamental ENORME para qualquer aluno do 1º ano de gestão ou economia. É vender aquilo que gera cashs flows positivos, capazes de dinamizar ao longo do tempo a economia de um país. Vender estes activos é de uma visão atrofiante do ponto de vista económico do mais confrangedor e incompetente que pode haver. É de uma visão do mais míope que se possa imaginar. É obter receitas de montante algo duvidoso no curto prazo, para a médio e longo prazo tirar dinamismo económico à EMPRESA ESTADO, definhando-a e tornando-a cada vez mais dependente dos grandes grupos económicos que geram pressão SOBRE O PODER POLÍTICO.
No fim destes ajustamentos, quer sejam feitos de uma forma ou de outra, Portugal estará mais pobre do que deveria estar devido aos incompetentes que nos têm governado, e vão agora amíude, quando já parece não terem nada a ver com isto, à televisão dar opiniões de forma desinteressada e comovente, (Manuela Ferreira Leite, Pina Moura etc..) como deveria, e deverá ser conduzido este país.
Os credores querem de volta o seu dinheiro, ou no mínimo uma garantia que lhes paguemos. O tempo é escasso. O desemprego é uma inevitabilidade. A necessidade aguça o engenho. É bom que sintamos depressa a necessidade, porque o engenho virá depressa.
Como já disse os ajustamentos macroeconómicos realizam-se sempre com maior ou menor dor. Quando não feitos na devida altura, a dor será maior.
Venderam e estão para vender empresas altamente lucrativas do ponto económico/ financeiro como sejam PT, REN, EDP, ÁGUAS, TAP, CGD, BRISA etc.., foi e é, um erro de gestão orçamental ENORME para qualquer aluno do 1º ano de gestão ou economia. É vender aquilo que gera cashs flows positivos, capazes de dinamizar ao longo do tempo a economia de um país. Vender estes activos é de uma visão atrofiante do ponto de vista económico do mais confrangedor e incompetente que pode haver. É de uma visão do mais míope que se possa imaginar. É obter receitas de montante algo duvidoso no curto prazo, para a médio e longo prazo tirar dinamismo económico à EMPRESA ESTADO, definhando-a e tornando-a cada vez mais dependente dos grandes grupos económicos que geram pressão SOBRE O PODER POLÍTICO.
No fim destes ajustamentos, quer sejam feitos de uma forma ou de outra, Portugal estará mais pobre do que deveria estar devido aos incompetentes que nos têm governado, e vão agora amíude, quando já parece não terem nada a ver com isto, à televisão dar opiniões de forma desinteressada e comovente, (Manuela Ferreira Leite, Pina Moura etc..) como deveria, e deverá ser conduzido este país.
Não há pachorra para os ouvir nem para compreender os critérios editoriais deste jornalismo.
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