terça-feira, 15 de maio de 2012

VISÃO ECONÓMICA DOS ROMÂNTICOS

A visão económica de curto prazo dos românticos do regime na qual baseiam a premissa do crescimento e do emprego para os países endividados, afinal existe e é bastante interessante. Qual é ? já que não consegues (Alemanha) vencer estes indisciplinados (Países endividados) junta-te a eles. Juntar-se a eles, será não os países endividados excessivamente aumentaram a sua competitividade no seio da União Monetária, mas sim a Alemanha diminuir a sua. Como ? Subir o custo dos factores de produção e mais propriamente a dos custos salariais. Subir salários levará a inflaccionar os seus produtos tornando-os menos atractivos  no mercado da união e assim desestimulando  aqueles execráveis consumistas do sul a  consumir produtos de origem alemã, e contrariamente estimular o mercado alemão a comprar produtos dos países em crise, puxando assim as suas economias. Ou seja, é uma forma dentro da mesma zona monetária de aumentar a competitividade de uns países à custa de outros sem haver intervenções cambiais porque estas não são possíveis. É ir contra as teorias monetaristas de controlo da inflação e agir sobre a economia dos custos; a microeconomia.  Como com a moeda única os países perderam a ferramenta cambial para poderem desvalorizar as moedas e assim tornarem mais competitivas as exportações, a única forma de o poderem fazer através de outro processo, é desvalorizar pelos custos de produção, nomeadamente o factor trabalho, tornando os seus produtos mais baratos. Mas neste caso, como os paises da periferia já estão com salários tão baixos, que a solução é pedir aos alemães que subam os deles. Com esta perspectiva romântica de esquerda, só falta aconselhar os alemães a trabalhar menos horas, serem mais desorganizados, menos disciplinados e colocar também menos inteligência na sua economia. Ou seja  tornar a Alemanha menos produtiva é nivelar por baixo. Muito interessante esta teoria de  proteger os incumpridores, os preguiçosos, os desorganizados os endividados e penalizar a excelência.
 Então dirão os românticos; quando se criou a União Económica e monetária pressupunha-se a solidariedade entre os estados com a transferência de recursos financeiros dos países com excedentes para acudir aqueles que se encontrem em recessão ? Sim claro, e não foi o que aconteceu ? As politicas comunitárias apesar dos muitos erros que teve,  um dos objectivos principais foi o de diminuir as assimetrias competitivas entre os estados da união. Os QCA, os fundos estruturais, os milhões para a formação profissional etc. etc, não foram ao longo dos vários anos canalizados do centro para a periferia para diminuir essas assimetrias ? É evidente que o centro também beneficiou com a forte procura dos seus bens por parte da periferia. Mas a Europa através das suas instituições nomeadamente através do BCE não têm recapitalizado enormemente a banca dos países em dificuldades ? Que culpa têm os alemães de termos sido governados pelo Bancarrota Sócrates ? Ou de um Teixeira dos Santos em 2009 já em plena tempestade, aumentar os salários da função pública em 2,9 % . Agora apelam à solidariedade, diabolizando a política monetária do euro de manter o euro forte com baixas taxas de juro e a inflação controlada.
Estes românticos do regime querem o continuar da vida fácil, numa primeira fase era o continuar a despejar dinheiro na economia a crédito. Como o argumento não tem sustentabilidade, vêm agora a pedir ao centro para diminuirem a competitividade das suas economias, porque assim a periferia compra menos ao centro e o centro compra mais à periferia.  Estes românticos devem estar loucos !

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