Faço uma pergunta. É isto que queremos para os nossos filhos ? Julgo que não ! Longe de um pensamento estrutural de esquerda, julgo que este modelo acente no capitalismo financeiro, do crescimento pelo crescimento, onde a remuneração do capital em detrimento do factor trabalho é cada vez mais o escopo do sistema, não é o caminho. É que para a satisfação do capital financeiro, que gera lucros elevadíssimos leva os jovens a lutar desmesuradamente nas universidades e mais tarde nas empresas para chegar ao topo. Sendo que na grande maioria só uma pequeníssima percentagem lá chega. A frustração, é uma constante instalada. Aqueles que nem sequer entram nessa guerra são explorados para que os accionistas vejam cada vez mais e melhor remunerados os seus capitais. Não interessa os meios, os fins é que interessa. Pagar mal a quem trabalha, não importa. Corromper a classe política e dirigente, não faz mal. Poluir o planeta é um mal menor. Fechados nos seus mundos, vivendo cada vez mais isolados da realidade mundana nos seus condomínios e dentro dos seus jactos particulares, os senhores do mundo tudo controlam. Controlam essencialmente as debilidades dos intervenientes neste jogo. Quais são ? O poder político ! Este fica de cócoras perante o poder económico. As democracias estão vulneráveis. É necessário uma nova revolução. Um grito de revolta, que direccione essencialmente os valores que norteiam as prioridades dos cidadãos; que o dinheiro perca valor na medida de estratificação social e se valorize de facto o mérito, o esforço, a solidariedade. É um mito ? que assim seja, porque neste momento o que há é um vazio ideológico É uma rendição. Parece que esta ditadura da finança é uma inevitabilidade. É necessário um novo paradigma, e que seja rapidamente exportado para as novas potências económicas mundiais. Se não arrepiarem caminho pela angustia do falhanço deste sistema económico, fá-lo-ão pela ruptura dos recursos do planeta.
Como diz o poeta,
"não sei por onde vou, sei que não vou por aí.."
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