segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MOEDA DE TROIKA

 à medida que vão caindo, vai-se descobrindo  que o contágio é geral. A falta de governo na Europa do euro é generalizada. Internamente parece tudo estar controlado, mas à medida que a doença se alastra ninguém quer ter nada a ver com aquilo. Nós não somos a Irlanda. Nós não somos como a Grécia. Nós não somos Portugal. Nós não somos a Itália. Muito em breve será a França a dizer que nós não temos nada a ver com Espanha. Há uma nação que de facto não tem nada a ver com estas todas. É a Alemanha. Fez os ajustamentos quando devia. Têm o trauma da inflação após a grande depressão, e sabe o quanto tempo durou e quais foram as consequências dessas desvalorizações. Não o quer repetir.
Os governantes dos países aflitos da zona Euro quiseram manter os mesmos padrões de vida nas suas sociedades, quando a produção já se deslocalizava em força para outras partes do globo. Os níveis de despesa continuaram ao sabor dos ciclos eleitorais. O povo pensava que estava tudo na mesma. Governas tu, depois governo eu. Prometes tu , prometo eu. Para manter tantas promessas e tanta roubalheira, só havia uma solução. Recorrer ao endividamento. Os mercados do financiamento, desejosos de investir na velha e rica Europa. Com juros aceitáveis pedia-se mais financiamento, e mais financiamento, sempre na expectativa, que os níveis de crescimento voltassem ao antigamente. Mas já não voltavam. Os países emergentes tinham agora o crescimento. Crescimento sem os níveis de despesa da velha Europa. Crescimento sem direitos e cheios de obrigações. Mas os fracos dirigentes europeus não se aperceberam a tempo que o tempo já não volta para trás. Não crescem como cresciam, e a demagogia populista continuava. O risco de incumprimento continua a aumentar, os juros dos financiamentos continuam a subir. Quando a despesa é continuamente maior que a receita, à um momento de ruptura. Essa ruptura está a acontecer. As tão badaladas dívidas soberanas. Os tão mal amados mercados.
Agora aflitos, têm dificuldade em encarar a realidade. A realidade dura e crua. O empobrecimento da velha e rica Europa. Ai ! Ai!. A esquerda Jacobina diaboliza a srªa Merkel e os mercados. Os mercados porque são especuladores. A srªa Merkel porque não quer desvalorizar o euro. Venham as eurobonds e a emissão monetária por parte do BCE, clamam os aflitos. Para quê ? Argumentam que é para aliviar, para haver mais liquidez nas economias aflitas,  e as porem as suas economias a crescer. Coisa mais falsa. Atrás de políticas de desvalorização, vêm a inflação, que é a outra forma de empobrecimento. É o corte salarial sem se ver. Os alemães, preferem o ajustamento pelas reduções da despesa, e mesmo baixas salariais. Para que vão eles ter inflação, se como está cotado o euro em relação às outras moedas  a sua produção tem procura nos mercados internacionais. As políticas de desvalorização cambial nunca tiveram bons resultados. Simplesmente são uma ilusão. Se o resto da Europa do Euro quer contribuir para a sustentabilidade e fortelacimento da sua moeda, e querer continuar a pertencer a este clube, terão que ajustar os seus níveis de despesa ao seu rendimento, e tornarem-se competitivos nos mercados internacionais. Não com produtos de baixo valor acrescentado, que par isso já temos que chegue da China, mas sim produtos com forte integração tecnológica e de grande qualidade. Esse é o caminho Agora vão ter que recuar e ajustar-se. Depois trabalhar mais e melhor. Vejam com fazem os alemães. Eles exportam os BMW ; Mercedes não só para a Grécia e Portugal, eles exportam-nos para todo o mundo, e com o euro forte como ainda está. Façamos como eles, se queremos estar no mesmo clube.

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