terça-feira, 4 de outubro de 2011

O VALOR DA BILHETEIRA

Recentemente numa entrevista ao jornal da noite da sic notícias, a anterior ministra da cultura de José Sócrates Isabel Canavilhas  afirmava, que o novo secretário de Estado da cultura Francisco José Viegas devia não estar bem, quando afirmou que agora um dos indicadores para o financiamento de projectos culturais será avaliado pelas receitas de bilheteira. Argumentava, que uma avaliação deste tipo era o princípio castrador da criatividade, porque condicionava toda a acção cultural, com a pressão dos objectivos, pois estes, estavam para além da própria cultura e criatividade criativa. Argumentou então mais ainda "Que seria da criatividade de Dali, Leonardo Da Vinci, Picasso entre outros, se no seu tempo lhes impusessem este tipo de condicionalismo na sua actividade cultural ? De certeza que a sua projecção e o seu produto cultural não seria aquele que conhecemos hoje" "Condicionar a actividade cultural a objectivos é castrar a própria criatividade ". Foram estas mais ou menos as palavras da anterior ministra da Cultura. Segundo ela, esta medida, só poderia ser uma medida de muito mau gosto, e que o actual secretário de Estado a iria rever estas afirmações com certeza.
O que a anterior ministra da cultura se esqueceu, é que naquele tempo  a criatividade não era subsidiada à tripa forra como agora. Agora devido ao regime dos direitos pós 25 de Abril e das poucas obrigações, os subsídios à cultura tem sido dados de uma forma completamente anárquica ao longo dos últimos anos por sucessivos governos, com ausência de quaisquer critérios de mérito. Tem sido o subsídio à porcaria, ao abrigo da criatividade pura e dura. Quem paga ? É sempre o mesmo, o labrego, que nem sequer sabe desses libertos artistas. Rui Rio na Câmara do Porto, continua a subsidiar a arte e a cultura, mas assente na análise de projectos culturais , e não em meras propostas financiamento  por parte de grupos de supostos artistas, que de artistas têm simplesmente a arte de sacar dinheiro do contribuinte . E quem é que paga ? O desgraçado do contribuinte. Que façam cultura que quiserem, livremente e sem qualquer pressão, sem qualquer condicionalismo, mas não à custa do dinheiro de quem trabalha. O exemplo da Câmara do Porto é um exemplo a seguir pelo resto do País, e mais precisamente pela agora secretaria de Estado da Cultura. De certeza que homens como Filipe L' Feria ficarão agradecidos; poderão ser subsidiados, e os seus espétaculos não terão com certeza déficites de bilheteira.

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