sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SERÁ QUE HÁ VERDADE NA ECONOMIA ?

Para chegarmos a um qualquer lugar, podemos escolher vários caminhos. Se  o objectivo á chegar o mais rápido possível, escolhemos o caminho mais curto ou o meio de transporte mais rápido; contudo o caminho mais curto poderá não ser o mais seguro; poderá haver riscos no seu percurso, e pormos em risco a nossa integridade física, ou a do veiculo que escolhemos para nos levar. Neste caso, teremos que escolher um caminho alternativo que não ponha em causa um tempo razoável para atingir essa meta, e tenha o mínimo de segurança no seu trajecto. Isto se o timming for um factor determinante. Mas o timmuing pode não ser um factor determinante para o alcance desse objectivo. Podemos durante o percurso, ter para além do alcance da meta, o objectivo de chegar em boas condições físicas e psicológicas para usufruir desse prémio em plenitude.
A questão que se coloca perante esta conversa toda, é a seguinte: Será que o alcance do objectivo em si mesmo é a condição necessária e suficiente para que tenhamos a plena satisfação de o atingir ? A resposta é não ! O atingir o objectivo em si mesmo, poderá não ser condição suficiente para nos congratularmos com o facto de o termos atingido.
A ciência económica, é das ciências em que este tipo de dilemas são colocados constantemente perante os decisores. A decisão de atingir um objectivo quantificável, poderá em si mesmo, não ser determinante para o seu sucesso. Atingir um objectivo em si mesmo, pode ter custos associados ao seu alcance, que o tornem incomportável.  Por isso os decisores políticos, têm a difícil tarefa de equacionar os vários caminhos e os timming associados aos objectivos que se propõem atingir. Nomeadamente o tão conhecido rácio custo/benefício. É através desta pequena equação que se podem e devem tomar muitas decisões de carácter quantificável, que para as atingir, os  planos de acção irão incorporar custos associados enormes. Quando Durão Barroso chega ao governo em 2005, com a bandeira do choque fiscal, vinha inspirado no modelo de alavancagem do sector privado irlandês, à baixa da taxa de IRC. Não nos vamos esquecer que uma das medidas da Troika para o estímulo do emprego no médio prazo, é a baixa da TSU. Questões como a subida ou descida  das taxas de juro, do aumento ou diminuição dívida pública; da subida ou descida da tributação sobre o trabalho ou sobre o consumo são todas elas medidas que enquadradas nas várias variáveis envolventes poderão ser tomadas  como formas de estimular o crescimento económico. Esta é em grande parte o encanto da ciência económica; mas ao mesmo tempo o seu pesadelo. Não é por acaso que as previsões baseadas nos modelos macro económicos dão na sua grande maioria das vezes erros. Mas não é por isso que a devemos ridicularizar. Se não fossem os economistas e as suas  análises, a crise financeira de 2007/2008 teria tido repercussões muito maiores, se calhar maiores do que as da grande depressão de 1929/30.

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