terça-feira, 2 de agosto de 2011

VIVEMOS ACIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES ? NÃO ! DAS NOSSAS CAPACIDADES

É recorrente ouvirmos a toda a hora, por parte dos comentadores políticos, económicos, jornalistas entre outros, de que "VIVEMOS ACIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES" , não  ! nós não vivemos acima das nossas possibilidades, os senhores da governação, do poder político, os quadros médios e das empresas públicas; os escritórios de advogados e de consultorias várias que prestam consultoria ao estado; os militares médios e superiores; os juízes e quadros do ministério público; a maioria dos professores quer sejam do ensino geral, quer sejam do superior. Ou seja, aqueles quadros médios e superiores que vivem à custa do orçamentos de estado, esses  sim, vivem não acima das suas possibilidades, mas "ACIMA DAS SUAS CAPACIDADES".
Mas o leitor pergunta porquê esta afirmação?  Será por inveja ? Não ! é uma questão de justiça. É uma questão de roubalheira aos portugueses. Escrevi no mês de Junho um artigo titulado "A QUESTÃO DO EURO", em que refiro que se tivéssemos que sair do €uro e entrar novamente no escudo, a desvalorização cambial seria à volta de 50 %. Ou seja, 1 €uro passaria a valer não os 200$48, mas sim 400$00. Dito de outra maneira; os célebres 200$482, cambiados para €uros, ficariam reduzidos apenas a uns míseros 50 cêntimos. Mas porquê esta analogia ? Porque esses senhores remunerados principescamente, numa economia que os remunera numa moeda forte para as suas CAPACIDADES.  E, demonstram  de facto, não contribuir para o seu valor, pelo contrário, contribuuem sim para a sua desvalorização.
Os vencimentos desses senhores deveriam ser indexados a uma eventual taxa de conversão de €uros para escudos. Ou seja os seus vencimentos deveriam ser convertidos neste momento para metade. O que não acontece. Com os valores exorbitantes dos seus vencimentos  numa economia fraca com uma moeda forte, permitem-lhes criar condições de investimento em países fora de Portugal (ao contrário da grande maioria dos portugueses -classe média). Se um dia formos obrigados a sair do €uro, esses senhores têm as suas poupanças protegidas fora de Portugal. Esses senhores conseguem poupar. Esses senhores não ganham mil euros por mês, ganham muito, muito mais do que isso. Esses senhores não têm CAPACIDADE, NEM COMPETÊNCIA para ser remunerados numa moeda, para a qual nada contribuem. 

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