domingo, 26 de outubro de 2008

CIDADANIA


Como cidadão atento que sou, reconheço, que ao longo do tempo, tenho tido uma cidadania activa muito pobre. Também eu vítima de uma sociedade cada vez individualista e estériotipada.


Aconteçe, que me tenho vindo a torturar com tal facto. Ano após ano, a minhas manifestações não passavam de umas esporádicas manifestações de desagravo, muitas vezes feitas em locais desapropriados, e agindo com a impulsividade que minha amígdala desencadeava. O meu cortex cerebral dizia-me depois; já mais calmo; que se lixe, vai mas é a tua vida, e deixa-te de te chatear com estas coisas, porque não te levam a lado nenhum. Era de facto o que fazia. Mas não me sentia bem comigo mesmo. Torturava-me a mim próprio. Lá desabafava para alguns, dizendo, somos uma cambada de basbacos, que por exemplo: perante uma situação presente de um mau serviço público numa fila de pessoas comentássemos tal facto uns com os outros, e perante quem de direito nos esquivássemos. Ou seja nos acobardássemos de manisfesstar a nossa indignação, nem tão pouco sequer pedir um simples livro de reclamações.


É por estas e por outras que agora não nos podemos queixar da situação pastosa em que Portugal se encontra. A cultura da desresponsabelização pessoal e da culpabilização do estado; o lambebotismo, a subsídio-dependência, o individualismo entre outros, são uma das razões do nosso actual estado de pseudo-desenvolvimento. Pelo menos no que diz respeito à cidadania social e activa. Não nos esqueçamos que o Estado é uma entidade abstracta, da qual nós fazemos parte. A famosa frase de Kennedy, "não esperai o que è que a América pode fazer por vós, mas sim o que vós podeis fazer pela América", é bem sintomática do que ele como dirigente, estava a pedir ao seu povo.


Mas falando no meu estado ainda embrionário de verdadeiro cidadão na sua globalidade, encontrei através deste blogue uma forma de cidadania. Estas ferramentas, através das quais as posso dirigir para locais específicos, aquilo em que pensamos são para mim uma forma, ainda que ténue de cidadania activa.
É neste sentido, que espero começar a fazê-lo com alguma regularidade, e em determinados casos dirigir certas comunicações para quem de direito.

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