quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CASCAIS I

De certo, que o texto que vou publicar, representa o pensamento de muitos portugueses. Por falta de tempo, de disponibilidade, e no limite por falta de cidadania, não intervêm, e assim contribuem com a sua passividade e com o simples murmúrio de ocasião, para o actual desfalque do erário público, para o desordenamento do território, para a falta de qualidade de vida e para o enrriquecimento de alguns.

Como cidadão que no seu dia a dia se desloca pelas ruas da Vila de Cascais, verifica várias aberrações. Umas do ponto de vista arquitectónico, outras do ponto de vista da actuação politico-social, outras do ponto de vista económico.

Me centrarei nesta primeira intervenção nestas últimas. Como é sabido começaram as obras do novo hospital de Cascais. Foram feitas numa primeira fase os acessos ao mesmo. Foram feitos em tempo record. Parabéns! Para o automobilista atento, verifica, para além das obras rodoviárias, estão também incluidas obras de jardinagem. Para quê orçamentar numa obra rodoviária, custos com jardinagem de estruturas envolventes à obra, se não vão ter no período seguinte, nenhuma estrutura de funcionamento, que lhes dê manutenção! Para quê pagar essa rúbrica, se depois a vamos deixar morrer! Foi o que aconteceu. Os jardins envolventes aos acessos ao novo hospital, que só vai entrar em funionamento muito provávelmento para finais do próximo ano, estão neste momento inertes. Sem vida. A maior parte das plantas e relva plantada, morreu.

Mas não foi por causa dos jardins do acesso ao novo hospital de Cascais que eu resolvi escrever este artigo. Deve-se a às novas obras do IC30 que se cruzaram com os novinhos acessos --concluídos à pouquíssimo tempo -- ao hospital de Cascais. Que maravilha. Que descongestionamento.

Vejamos ! duas obras que se iniciaram este ano. Com um intervalo de tempo desde a conclusão de uma e o início de outra, em pouco mais de 3 meses. O que se está a passar, é que as duas obras se cruzam. Uma no início com a o fim da outra. Ou podemos mesmo considerar com o início das duas. Ou seja o acesso do IC30 com a auto estrada A5 cruza com o fim do novo acesso ao hospital de Cascais. Como a empreitada dos novos acessos ao hospital já estava concluída; o alcatrão todo novinho; os rails de protecção todos certinhos; os candeeiros de iluminação todos direitinhos. Toca a arrancar e a deitar abaixo. O pessoal doIC30 chegou !! Precisamos de passar !! Foram meus amigos leitores, arrancados para aí alguns 2000 m2 de alcatrão novinho, juntamente com toda a infraestrutura de apoio, rails, candeeiros etc..

Pergunto ! O ruim sou eu ? o burro sou eu ? Sim, o burro somos todos nós, que somos geridos e controlados por um lado, por uns imbecís, por uns incompetentes, por uns burros, e por outro, por uns interesseiros, corporizados em muitos empreeiteiros de obras públicas, que usurpam os dinheiros públicos. Nós uma camada de idiotas que olha para tudo isto impávido e sereno.

Será que num espaço tempo tão reduzido e de lugar tão restrito, não se podia conciliar as duas obras, mesmo que tuteladas por organismos diferentes. De forma a que se conjugassem esforços de as duas serem concluídas nesse ponto de cruzamento simultâneamente, e com um menor custo para o erário público e para todos nós.

Portugal no seu melhor !!

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