domingo, 1 de julho de 2012

CIMEIRA EUROPEIA DE JUNHO


A crise das dívidas soberanas, ou melhor, a crise economico/financeira da €urozona, culminou esta semana com mais uma cimeira entre o chefes de estado dos países Europeus. O  chamado Concelho Europeu. Esta cimeira tinha uma diferença em relação às outras cimeiras, que é o facto de apesar dos sintomas de falta de liquidez estarem já patentes na terceira e quarta economias da zona Euro, Itália e Espanha, levando esta  a pedir um financiamento de cerca de 65 mil milhões de €uros ao FEE (Fundo de Estabilização Economico Financeira). Agora não estão somente em crise os pobretanas dos Portugas; Gregos e Irlandeses, mas também  Espanha e Itália, e esta última já em lista de espera, pois o agravamento dos juros de financiamento vai subindo de manssinho. Não esquecer que as dívidas públicas de ambos utrapassam já largamente os 100 % do PIB.
Se ouvissemos Mário Monti, ou Mariano Rajoy à coisa de meio ano atrás, e lhes perguntassemos a sua opinião sobre a emissão monetária por parte do BCE (Banco Central Europeu), ou sobre a mutualização da dívida pública europeia através das Eurobonds, decerto que levantariam fortes reservas quanto a estas soluções para dinamizar a economia Europeia. Agora que começaram tal como nós a escarafunchar bem as suas contas públicas, deitaram as mãos à cabeça com os buracos que encontraram quer nas regiões autonómicas, quer no sistema finaceiro. Não podendo esconder mais toca de pedir finaciamento ao BCE,  anunciando que não eram problemas orçamentais mas sim bancários, recusando-se a chamar a isto um resgate. O que na prática vai dar à mesma coisa, já que se o tesouro Espanhol não têm capacidade para financiar o sistema finaceiro, também não tem capacidade para finaciar os buracos que têm as suas regiões autonómicas. Os mercados que são assépticos e agem racionalmente, logo não tardaram a que os juros de financiamento da dívida espanhola nos vários prazos começassem a subir levando logo à mudança de discurso de Mariano Rajoy e Mário Monti, apontando baterias à Chanceler Alemã Merkel, como sendo a culpada de não haver dinheirinho para continuar a alimentar a pandilha de desgovernados.
 Em face das dificuldades da economia Economia Espanhola e do agravamento da Itália e França, o discurso dos afilitos vira-se cada vez mais para a emissão monetária, e mais propriamente para a mutualização das dívidas dos países da zona Euro através da emissão de Eurobonds.
Estes individuos, demagógicamente, para satisfazer as suas clientelas partidárias e se defenderem do agravamento das suas economias, querem continuar a deitar lenha para a fogueira. Não percebem que o problema não se resolve assim ! Não percebem que a questão das dívidas soberanas têm origem não na Europa, mas sim no alargamento cada vez maior das relações económicas mundiais. Não percebem que existem outras partes do mundo onde as economias florescem. Querem continuar a ser financiados pelas poupanças do resto do mundo, mas por ordem na casa como deve ser, está quieto! Venha mais dinheirinho Bom ! ...Bom !. Bom !... Já !... Já.! Já !....
Como já escrevi várias vezes, viver a crédito indefinidamente, com agravamento da dívida têm os dias contados, e esses dias já chegaram a vários países da Europa. Se estão à espera de continuar a viver a crédito aumentando a dívida à custa do crédito Alemão, tirem o cavalinho da chuva.

Sem comentários:

PRESIDÊNCIA DA RÉPUBLICA

  O nosso sistema político é Parlamentar, não presidencialista, logo os poderes do Presidente da República são limitados à sua esfera de inf...