
- Politica monetária expansionista do BCE, a soldo da Alemanha, inscrita no tratado de Maastrich, na qual foi introduzida uma política monetária comum para realidades económicas diferentes. Destacando-se :
- baixas taxas de juro +- 2%
- dívida abaixo de 60 % do PiB
- Défice abaixo dos 3% do Pib
- Estabilidade dos preços
- Ilusão de que estando numa zona monetária, a dívida não era problema e a bancarrota uma miragem
- Ausência de mecanismos credíveis de fiscalização do cumprimento das políticas monetárias do Tratado de Maastricht
- Debilidade político institucional da Europa face a choques exogênos e endógenos.
- Liberalização do comercio Mundial, entre intervenientes com realidades económicas e sociais completamente diferentes.
- Estado Social Europeu (Well Fare State) demasiado benemérito num contexto de liberalização do comércio mundial
Aparentemente as politicas monetárias preconizadas no Tratado que institui a Comunidade Europeia, mais conhecido por tratado de Maastricht, eram consonantes com um ambiente económico saudável. Mas porque é que não o foram ?
Por causa da ganância; com a banca à cabeça e atrás todos aqueles que viram uma oportunidade de ganhar milhões com o aumento da massa monetária em circulação. Não importava como. Taxas de juro baixas. O desaparecimento do controlo pela entidade Banco Portugal que regulariza a BOP (balança de pagamentos) dentro da União, onde a responsabilidade da dívida deixou de ser super visionada por este e passou a ser da responsabilidade das entidades em particular. As divisas necessárias para a liquidação dos pagamentos deixou de existir. A MOEDA AGORA É A MESMA.
__________________________________________________________________________________
Os mais velhos amantes da música, devem lembra-se com certeza, aquando dos altos cachês que os artistas famosos como Júlio Iglésias cobravam dos seus espectáculos, não queriam ser pagos em escudos. Para tal o Banco de Portugal tinha que ter divisas, para proporcionar a conversão da nossa moeda recolhida pelos agentes, para a liquidação dos seus cachês.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Recordando não há muito tempo uma figura também ela TÓXICA, numas palavras à imprensa, o nosso ex governador do Banco de Portugal Victor Constâncio, ainda no exercicio das suas funções, dizendo: ".. o endividamento não é problema, visto que agora na zona euro quem responde pela dívida são as empresas e particulares, não o Estado através do Banco de Portugal...."
__________________________________________________________________________________
O endividamento era sempre visto como um mal menor. Ancorados numa moeda forte VIA Alemanha, que mantinha e mantém o critério da estabilidade dos preços, os agentes económicos, nomeadamente os responsáveis pela Administração pública, Autarquias, Empresas públicas, viram aqui uma oportunidade de ouro para alargarem o seu bem estar e dos seus, nomeadamente de toda uma rede de interesses à volta do bem público. Não esqueçamos OS ACTIVOS TÓXICOS que chegaram a tribunal ( e que não vão dar em nada) Face Oculta; BPN e Dias Loureiro (bem repousado e com altos investimentos em Cabo Verde, país que não prevê a extradição); Isaltino Morais (em vias de prescrição); Valentim Loureiro (este já absolvido). Os também dinaussauros autárquicos já bem conhecidos pelo aumento exponencial do património, como Mesquita Machado em Braga entre outros. ESTAS TOXINAS ENTRARAM NO CIRCUITO ECONÓMICO E CONTAGIARAM A CLASSE MÉDIA E TODOS OS QUE TRABALHAM DE FACTO.
Porquê ? Porque são estes que as estão e vão continuar a pagar !
O porquê desta irresponsabilidade ? A grande maioria dos responsáveis políticos, tenho-os ainda como pessoas de bem. O que induziu toda esta loucura, onde o Bancarrota Sócrates foi a última automotora ? Foi o facto de estando numa zona monetária de grande espectro, a bancarrota ser vista como uma impossibilidade. O financiamento destas dívidazinhas públicas, seria sempre financiada a taxas de juro baixas com mais emissão de dívida. Os mercados lá estão ! Isto das dívidas soberanas mete muito respeitinho aos mercados! O que é que os mercados podem fazer contra os países ? Contra as nações soberanas ? Nada !
O pagamento seria feito por outros, e lá para as calendas gregas. O regabofe, a trifa forra foram de vento em poupa. Isto, não é a uma visão pessimista aos olhos de Medina Carreira, Cantiga Esteves, nem de João Duque. É a minha visão de um sector onde trabalho (Mobiliário) no qual sempre me questionei ! Como é possível vendermos tanto ? É bom, mas não deixava de me interrogar. Via os meus pais pessoas de classe média alta, em que por exemplo, a nossa mesa e cadeiras de cozinha tinham mais de 15 anos e estavam ainda para durar; e nós vendíamos para grandes superfícies todas as semanas milhares de mesas e cadeiras de cozinha. ISTO TINHA QUE ACABAR. Para quem não estivesse embriagado com a onda de consumo, estaria de certo, como estive eu, com o pé atrás. A banca tinha o discurso invertido do forreta. ...Queres 100 ? porque não levas 120 ? Se quiseres leva já 130 e depois bem buscar mais 10. A banca financiava abundantemente a economia, à custa financiamento inter-bancário feito no exterior. Dívida com dívida se paga. Que lindo ! Se Salazar cá viesse, morria logo outra vez.
Os protagonista desta BORRACHEIRA sabiam que a ressaca viria, mas lá muito mais para a frente. Só que o problema rebentou primeiro do outro lado do Atlântico. A crise financeira com origem na bolha imobiliária do subPrime, (que não foi mais do que vender casas a quem não as podia pagar, titulando as dívidas destes como sendo de boa conta). É que isto da ganância espalha-se com facilidade nos mercados financeiros espéculativos. A exposição de várias instituições financeiras europeias a estes títulos tóxicos, depressa alastrou e a ressaca da bebedeira começou a ter os primeiros efeitos em finais de 2008. Mas o álcool por esta altura ainda corria abundantemente nas veias das elites Europeias e nomeadamente nos países do Sul da Europa. Sócrates estava completamente bêbado, bebia da pior zurrapa. Teixeira dos Santos bebia um bocadinho mais refinado, mas também com bastante álcool. Então estes gajos não viam o endividamento do sector dos transportes ? Os dinheiros da Madeira e as loucuras de Alberto João? As dívidas das autarquias ? A banca não tinha a carteira da dívida privada ? O supervisor Victor Constâncio não viu nada no BPN ? Nem no BPP ? Deve ter ido ao lançamento do livro da grande Toxina João Rendeiro, titulado "Testemunho de um Banqueiro" juntamente com o Ministro das obras Públicas António Mendonça ! Parafraseando Scolari .." o burro sou eeuuu ??
Continua.........
Sem comentários:
Enviar um comentário