sexta-feira, 2 de setembro de 2011

OS VERMES QUE VIVEM NO CADÁVER EM DECOMPOSIÇÃO

"Será que os vermes que vivem no cadáver em descomposição, também acreditam que o estão a reformar ?"
-Joseph Schumpeter- Nobel da economia
Se chamássemos à economia portuguesa um corpo, eu diria que é um cadáver. Os parasitas alimentaram-se do corpo durante anos, foram-lhe sugando o sangue, ficou doente, e morreu. Agora temos um corpo em descomposição Contudo nesta fase os vermes ainda têm uma palavra a dizer. Senão vejamos. Já o país andava de pec em pec, mas muitos dos directores gerais, chefes militares entre outros, não se coibiram, contrariando orientações do governo no sentido do congelamento dos vencimentos e promoções, lançarem um conjunto de promoções e auto promoções, que agora este governo quantifica para apurar o total do desvio orçamental. Estes são  vermes, que se vão alimentando do cadáver. Mas antes que o cadáver desapareça,  aparecem os abutres, que comem a maior quinhão. Senão vejamos. É hábito passarmos um atestado de menoridade aos quadros superiores deste país. As grandes multi nacionais de consultoria, encontram no nosso mercado um alargado campo de acção para fazerem nas chamadas auditorias financeiras. Parece que em Portugal não há bons gestores nem economistas. Lembram-se do famoso relatório Porter do princípio dos anos noventa, sobre as vantagens competitivas de Portugal. Pagaram na altura ao sr Michel Porter 350.00 contos pelo estudo. Para quê ? Para nada. Este tipo de comportamentos provincianos de subserviência do que vêm de fora é que é bom, é das características do nosso povo que mais me aflige. Então não é que agora este governo concedeu por ajuste directo  à Perella Weiberg Partners (que têm ligações a António Borges, aquele individuo que se diz do PSD, e que aparece de vez em quando; trabalha para a banca de investimentos Goldman Sachs, a qual se alimenta em grande parte na prestação de serviços com origem nas clientelas político partidárias)  o processo de privatizações, que vai ter um custo de 20.000.000 €. Leram bem ? Vinte milhões de euros. Para quem ? para a Weiberg Partners. Abutres. Sabem quem lhes vai pagar. Os filhos de ... da classe média. O argumento do ministro das finanças Vitor Gaspar, é a de que detêm a experiência neste tipo de operações e que é hábito este tipo de contratos de consultoria. Que é hábito sabemos nós. Mas o que esperamos é que deixe de ser hábito, e passemos nós a fazer. Porra ! nós somos tão bons lá fora, porque é que aqui somos uns merdas ? Tenham atenção que isto está cheio de abutres e continuam a alimentar-se do cadáver.

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