
Esperávamos que após a bancarrota Sócrates, o compromisso com o memorado da troika, e essencialmente numa altura em que o país atravessa dificuldades económicas como nunca atravessou, que os candidatos à liderança do PS dessem sinais de que algo iria mudar no habitual discurso que envolve uma campanha partidária. Aquela conversa estereotipada, vazia, muitas vezes esquizófrenica, iria ser nesta altura, mais substantiva, agregadora, responsável, credível, sincera. Mas não. Na primeira oportunidade de mandar umas basófias para o pessoal aparelhista, António José Seguro veio comentar a afirmação de Paços Coelho de que medidas adicionais para além do memorando da Troika iriam ser comunicadas na próxima semana. Sem sequer saber o que o homem tem para apresentar, esperando, não. Veio dizer: "O governo começa mal. Não são com mais medidas (presumo que se quererá referir a que serão medidas de corte na despesa) adicionais, que que o país sairá da crise O governo tem que tomar é medidas de estímulo à economia, que coloquem o país a crescer, porque só o crescimento poderá .....etc.etc." Sem sequer ouvir o que vai dizer Paços Coelho,já está a fazer uma oposição bafienta. É voltar aqueles discursos, que espremidos não dizem nada. Mas não dizem mesmo nada. Estamos cansados deste tipo de conversa sr. Seguro. O sr começou mesmo mal. Não vou esperar nada de si se ganhar a liderança. Se o governo acaba agora de nomear os secretários de Estado, e o sr já anda nestes disparates. É esta a credibilização que o sr diz ir introduzir no discurso do seu partido se ganhar as eleições. Então mas se o sr ainda não as ganhou é já anda nestes disparates. Estou preocupado, mesmo preocupado consigo. É que o sr está a falar para dentro. E esses rapazotes que vivem na esperança que um dos senhores chegue brevemente a 1º ministro, são esses que gostam de o ouvir falar assim. Sim, são esses que o vão eleger. Porque o sr mente. É que depois fica agarrado aquilo que disse e ainda vai dizer até ao dia das eleições. O sr devia dizer para a credibilidade do país e do futuro de Portugal, em primeiro lugar é que estaria disposto para uma revisão constitucional. Mas não, o discurso é o liberalismo do PSD, e do fim do estado Social. È que sr Seguro, o discurso que os srs contestam do estado Social do PSD, há-de ser aquele estado social que irão defender no futuro. Mas atrasados, porque o vosso discurso está ultrapassado. Ouviu bem sr Seguro. Está ultrapassado. O sr. ainda não começou e já vai mesmo mal.
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