sábado, 15 de março de 2014

MIXÓRDIA DE TEMÁTICAS



JUSTA REPARTIÇÃO DOS SACRIFÍCIOS

NO SITE DO GOVERNO DE PORTUGAL VÊM A SEGUINTE NOTA:
"O Governo tem feito uma justa repartição dos sacrifícios pelos diversos sectores da sociedade, protegendo sempre os mais desfavorecidos e os que menos têm. Em todas as medidas restritivas, o Governo protegeu sempre os que menos ganham".

Manchete do Correio da Manhã do dia 14 : 100 mil euros sem trabalhar.
Pelo que parece, o famoso super espião do Estado Jorge Silva Carvalho, depois de ter levado informação confidencial para o seu novo ninho, a Ongoing, levou um chuto no cú desta, depois de ter vomitado tudo. Como não arranjou mais ninguém que o quisesse, vai daí e volta a pedir licença para voltar para o ninho da casa mama, através da reintegração no Estado. O governo que afirma proteger sempre os mais desfavorecidos e a fazer uma repartição justa dos sacrifícios, vai dai e toca a deixar passar mais uma deixa, neste caso não é nenhuma prescrição, mas sim um erro administrativo, que permite ao diligente funcionário, já cheio de massa de todos nós, recorrer para o Supremo Tribunal Administrativo de uma decisão já desfavorável com a ajuda da nata da advocacia e ganhar o recurso, obrigando todos nós a pagar 25 meses de vencimentos, mais subsídios de férias.  Só não terá direito ao subsídio de alimentação, visto andar o dito cujo muito anafadinho. 
Num país decente, este indivíduo devia era estar preso. Mas numa República das bananas como a nossa, dão-lhe guarida, e ainda o indemnizam pelos serviços de espionagem. 


A POBREZA EM PORTUGAL
Conhecem esta figura pobre e esquelética ? É um dos carenciados e frequentam diariamente a sopa dos pobres da Santa Casa da Misericórdia. Do falido e salvo por todos nós BCP, Jardim Gonçalves  foi um dos que ficou com uma reles reforma de um fundo do Banco, no valor de 175.000 euros mensais. Esta reforma, foi para compensar a roubalheira que tinha sido feita por ele e a restante quadrilha, e que estava à bué a ser julgada nos corredores dos nossos tribunais. Estava em jogo uma indemnização de um milhão de euros ao Estado por desvio de fundos. Pouca coisa para um país rico e próspero como o nosso Portugal. Vai daí que o processo de acusação feita pelo Ministério Público, prescreveu. Quem vai pagar, ou melhor não receber ? claro está ! os papalvos do costume. Com acusações e culpas para os juízes ou para o grande supervisor Banco de Portugal, o que é certo é que mais um necessitado foi salvo. Como lhe chama o Governo ? "Repartição justa dos sacrifícios". 

O MANIFESTO DOS 70
Já escrevi algumas vezes, que a reestruturação das dívidas, quer sejam das famílias, das empresas, ou do Estado, devem ser --por uma questão do mais elementar bom senso-- renegociadas, quando se achar que no actual quadro económico /financeiro, não há condições para solver os compromissos mantendo um normal e digno funcionamento da actividade dos agentes devedores.
Mas o que querem estes 70 subscritores do manifesto ? querem de facto que os juros baixem e que a maturidade dos prazos seja alargada. Muito bem ! eu também concordo. Mas estes senhores, não querem só isso, querem que seja levantado o torniquete do ajustamento. Ou seja querem que o cobertor, que não chega para cobrir o corpo todo, seja esticado para cima e para baixo, e para além disso querem que o mesmo seja de lã virgem. Olha que bom ! pondo de lado a metáfora, o que estes senhores querem, é os credores nos aliviem o preço das prestações, mas, para além disso, que nos deixem começar a gastar  outra vez mais, e melhor ainda, se for à tripaforra.

Porquê esta ironia ? Porque não entendo, se na actual situação, com as maturidades das dividas e dos juros no ponto onde estão temos um ajustamento deste tipo, como é que estes ingénuos signatários acreditam, que com uma baixa de juros para valores próximos de um porcento, e alargamento das maturidades para 40 ou mais anos, nos iriam ainda aliviar as condições de ajustamento, permitindo aliviar o torniquete das restrições de crédito e do controlo das despesas do Estado.
Já escrevi, que no actual quadro do euro, a competitividade ganha-se através da melhoria das paridades do poder de compra, ou seja, através da produtividade, e não através do endividamento não produtivo versus do aumento da procura interna, que ao que parece, é o que estes senhores e senhoras preconizam.

RESSABIADOS NA POLÍTICA



Quem têm dúvidas que o argumentário económico e político, varia conforme os ventos soprem a favor ou contra, tem aqui mais uma prova de que a honestidade intelectual da nossa classe dirigente é pura ficção. Os interesses pessoais estão acima de tudo, porque o resto ajusta-se o discurso e o argumento conforme estão ou não no poder. Se estão no poder ou nos postos de controle, o discurso é carneirista, para onde o líder vai, vão todos atrás. Se pelo contrário, saem do rebanho, ou de lá são corridos, viram o bico ao prego, e ajustam o seu discurso à sua chamada independência intelectual.

Vejam estes dois. Manuela Ferreira Leite pertencia ao Concelho Nacional do partido, antes de Paços Coelho chegar ao poder. Foi apoiante de um candidato a líder contra Paços Coelho. Perdeu. Saiu, ou puseram-na fora do Concelho Nacional. Virou bicho contra Paços Coelho, que nada mais não faz, que seguir as políticas de cortes que ela fez numa altura em que nem sequer estávamos intervencionados. Agora tornou-se numa acérrima opositora das políticas do governo. Lembram-se por acaso da péssima liderança que ela representou para o país e para o partido ? Será que ela valeu alguma coisa, ou sequer tem currículo político, para agora todas as semanas desancar nas políticas do governo ? Será por dinheiro ? Julgo que não ! é puro ressabiamento.
Mas Ferreira Leite não está sozinha. António Capucho é outro exemplo de ressabiamento. Fez-se a candidato à Presidência da Assembleia da República, mas Paços Coelho preferiu António Nobre. O que fizeste tu ? A partir daí virou bicho também. Não perde oportunidade de desancar em Paços Coelho e no governo cada vez que aparece na televisão.
Isto é do pior que pode haver na classe dirigente. Se já agora a esmagadora maioria dos portugueses não acredita nesta gente intelectualmente desonesta, com estes episódios ainda pior.
Triste fado o nosso.

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