quinta-feira, 29 de maio de 2014

CHORAR VITÓRIA


Não surpreende já a grande maioria dos portugueses, que estes senhores da tribos partidárias, mal lhes cheira a poder, começam a posicionar-se no  de xadrez político dos interesses. A jogada das Europeias, deixou o rei Seguro numa posição de fragilidade. Quando todos pensavam cantar vitória, vimos antes um chorar vitória por parte de uns e um festejar derrota por parte de outros.

Foi a vitória pífia de Seguro, por que ansiavam as brigadas bafientas dos Socráticos. Saltando todos da toca, entusiasmados com o D. Sebastião António Costa, vai de pedir um congresso extraordinário para clarificação de quem está melhor posicionado para chegar ao poder nas próximas legislativas.

Para chegar ao poder nas próximas legislativas, qualquer um deles serve, mas para galvanizar com grande credibilidade os portugueses para uma governação desinteressada dos interesses particulares e direccionada para o verdadeiro bem comum, nenhum deles. 

Estes senhores ainda não perceberam, que para a grande maioria dos portugueses quer esteja Seguro ou Costa a chefiar o governo, tudo ficará na mesma. Por duas ordens de razões. A primeira, é que as grandes decisões referentes ao nosso destino estão mais fora de Portugal do que dentro (pelo menos enquanto estivermos no euro). Em segundo lugar, porque os portugueses já estão fartos de ver o mesmo filme. O que tem mudado é os actores. A força dos interesses económicos face à fraqueza do poder político, só lá vai com uma mudança radical de intervenientes, e de preferência fora da esfera político/partidária do arco do poder. Para fortes mudanças, só com fortes protagonistas, e políticas de ruptura. De outra forma o fado, ou melhor o enfado vai continuar. 

Enquanto o voto em branco ou mesmo a abstenção, não tiver repercussões  nos mandatos dos eleitos, nomeadamente, numa relação inversa, entre a abstenção/votos brancos e número de lugares a que o pessoal das tribos tiver direito, nada mudará nas formas desta gente actuar. Enquanto quer votem 6 milhões, 4 milhões, 2 milhões ou mesmo somente 1 milhão, eles elegerem na mesma o mesmo número de deputados, de vereadores etc.. eles estão na maior. Com lágrimas de corcodilo, dizem-se  sempre muito preocupados com a abstenção e com o desinteresse dos portugueses pelas suas personagens, mostrando grande vontade tudo fazer  para mudar, mas no fundo, quando os holofotes da câmaras de televisão desaparecem, fazem os festim.

Não acredito,  penso mesmo  que a maioria dos portugueses e dos europeus também não acredita nesta gente.

Para reformar os partidos no sentido da aproximação dos eleitos com os eleitores, é necessário reformar por dentro. Acontece, que quem está dentro são eles, e isso dá-lhes muito trabalho e retira-lhes muitas regalias. Para tal acontecer, só com um ruptura muito forte, que não passe pelos mesmos do costume, porque está mais que provado ao longo de pelo menos estes últimos 20 anos, não reformam coisa nenhuma.

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