sexta-feira, 14 de março de 2014

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL I

Pesquisas afirmam que um profissional técnicamente capaz com alto QE, é quem capta de forma mais total hábil e rápida que os outros, os crescentes conflitos que exigem solução, os pontos fracos da equipa e da empresa que precisam de ser corrigidos, as lacunas a serem identificadas ou preenchidas, as conexões ocultas que dão acesso a oportunidades, e as obscuras e misteriosas  interacções que parecem mais indicadas e mais lucrativas.

O conhecimento da IE que cresce exponencialmente, vem ensinando-nos como aumentar a nossa capacidade de raciocínio, e ao mesmo tempo, como utilizar melhor a energia de nossas emoções, a sabedoria da nossa intuição, e o poder inerente  à nossa capacidade de conexão, num nível fundamental com nós mesmos e com aqueles que nos cercam.

Pagamos um preço alto não somente nas nossas empresas, mas nas nossas vidas por tentar desconectar as emoções do intelecto. Não é apenas intuitivamente que sabemos que isso não deve ser feito. A ciência moderna tem provado constantemente que é a inteligência emocional, e não somente o QI ou a capacidade mental, que sustenta muitas das nossas melhores decisões, as mais dinâmicas e lucrativas empresas e as vidas mas satisfatórias e bem sucedidas.

Na verdade, raciocínio/tomada de decisão e emoção/ sentimento se cruzam no cérebro. .Há um conjunto de sistemas no cérebro dedicado ao processo orientado para o objectivo que chamamos raciocínio e à selecção da resposta que chamamos tomada de decisão. Os sentimentos e emoções têm poder de influênciar o raciocínio. Todo o dia,  um incontestável numero de brilhantes e eficientes dirigentes reprime o melhor deles mesmo antes de ir para o trabalho -- e isto cobra um tributo financeiro e humano, directo ou indirecto de todos nós. O que é deixado para trás inclui " aquilo a que a Frost referiu: o coração. O QI só nos dirige porque deixamos que o faça. E quando aceitamos sua direcção, escolhemos um mau mestre.

A IE emerge não das cogitações de intelectos refinados, mas das acções do coração humano. A IE que nos motiva a buscar o nosso propósito e potencial únicos e activa nossas aspirações e valores mais profundos, que deixam de ser algo a respeito de que pensamos e passam a ser vividos. As emoções não são inerentemente positivas ou negativas, em vez disso elas constituem a fonte mais poderosa de orientação autenticidade e energia humanas e podem oferecer-nos um manancial  de sabedoria intuitiva.  É esse feedback --o coração não mente-- que acende o génio criativo, o mantém honesto consigo mesmo, molda relacionamentos na base da confiança, proporciona uma bússola interna para a sua vida e sua carreira, orienta-o para possibilidades inesperadas e pode mesmo salvar você ou sua empresa do desastre. A IE requer que aprendamos a reconhecer e a valorizar os sentimentos em nós mesmos e nos outros.

A IE é a capacidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia das emoções como uma fonte de energia, informação, conexão e influência humanas.

Peter Senge advertiu aqueles que se baseiam apenas no intelecto :
" As pessoas que têm altos níveis de domínio pessoal.. não podem se permitir escolher entre a razão e a intuição, ou entre a mente e o coração , do mesmo modo como não escolheram andar com uma só perna ou ver com um só olho." Quando você utiliza não apenas a mente analítica, mas também suas emoções e intuição, suas sensações e sua IE, o capacitam a percorrer em instantes centenas de possíveis opções e cenários para chegar à melhor solução em questão de segundos em vez de horas.

Exigimos aos gerentes e executivos extensos conhecimentos e capacidade de análise numa ampla diversidade de áreas tais como finanças, estatística, alocação de recursos, tecnologia, sistemas de informação, produção, marketing. Isto só para principiantes. Exigimos também competências em redacção, comunicação oral, negociação, estabelecer estratégias e exercer influência. Para além disso honestidade, energia, confiabilidade, integridade, intuição, imaginação, elasticidade, propósito, compromisso, influência, motivação, sensibilidade, empatia, humor, coragem , consciência e humildade. Para além disso os lideres terão que ser nossos mentores, instrutores, conselheiros, aliados, guardiões, amigos, sempre atentos às necessidades. Um quebra cabeças. Mas uma das peças principais que falta no quebra cabeças é a Inteligência Emocional.

Na maioria da vezes as emoções não se opõem ao bom senso e ao raciocínio, pelo contrário, elas se inspiram e estimulam, ligando-se ao sucesso e à lucratividade. Tudo o que de importante nos acontece, nasce das emoções.
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.........."Deixar para lá ? Nunca vou deixar para lá . Eles me tiram tudo. Excepto duas coisas que ninguém pode tirar: 1ª Aquilo que valorizo e em que acredito - o que sinto, antes tudo o mais era, é verdade em meu coração, mesmo quando a minha mente não pode provar ou explicar isso. A 2ª , a não ser me matando, eles não podem me tirar o modo como expresso quem eu sou na trilha do meu destino. Essas são as coisas que me tornam real e me dão esperança."..

...." Eu quis que você soubesse. Você pode aprender alguma coisa com esta história.  Além disso sem conhecê-la, você não me conhece. Meu se profundo, meu ser real. Eu nunca poderia ser um lider. E você nunca poderia trabalhar com todo o entusiasmo ao meu lado ou me seguir." Agora sou real, não sou apenas um nome. Tenho um coração e uma voz e uma história. Não sou apenas um estrangeiro que subiu a montanha como você. No tibete chamam isto "presença autêntica", que significa, literalmente "campo de poder" Quando nossas acções partem daqui de dentro, podemos falar aberta e honestamente um com o outro, e dizer as coisas que sentimos profundamente, mesmo quando é difícil dizê-las. Nós nos mantemos, a nós mesmos e uns aos outros, responsáveis por nossos melhores esforços em todas as coisas...

 ...E compreendi que o velho me estava ensinando -- e eu tentando aprender -- uma das mais procuradas capacidades: ser um ser humano autêntico, de sentimentos profundos, não importa o que a vida lhe traga, não importam quais desafios e oportunidades que tenha que enfrentar. E, acima de tudo, isso depende da IE --da energia activa que anima tudo o que sentimos e valorizamos. Expressamos isso de várias formas , sendo abertos, sendo honestos, íntegros, corajosos e criativos --esforçando-nos para a transformar mesmo as mais desanimadoras circunstâncias em algo significativo e valioso, para criação de um novo futuro...

..O líder do Tibete foi forçado por meio de uma catastrófica mudança a recomeçar com pouca ajuda e poucos recursos, a penetrar dentro de si mesmo e encontrar meios de triunfar contra desvantagens desanimadoras; da mesma forma, gerentes e profissionais de negócios são forçados a recomeçar muitas vezes em suas carreiras para encontrar meios de triunfar --enfrentando demissões, incertezas de mercado, escassez de recursos, oportunidades passageiras, fundos limitados e competição incessante.

De modo geral, o que procuramos nos negócios e na vida não está lá fora, nas últimas tendências da tecnologia; está aqui, dentro de nós mesmos.  Tem estado o tempo todo, mas muitos de nós não o valorizamos, não o respeitamos, não o utilizamos da melhor maneira qua somos capazes. A essência de uma vida plena de significado e sucesso é estar sintonizado com o nosso interior, que é mais profundodo que análises psicológicas ou controle, do que a retórica e as aparências. NO CORAÇÃO HUMANO.

O coração é o lugar da coragem e do entusiasmo. Da integridade e do compromisso. Ele é uma fonte de energia e sentimentos inesgotável, que nos leva a aprender, criar, colaborar, liderar e servir.

A convocação, é um dos resultados imediatos. É uma oportunidade para que você se liberte da constante e entorpecedora roda-viva que é trabalhar cada vez mais intensa e rapidamente --e, em vez disso, comece a lutar para mudar o âmago da sua vida interior, da sua vida inter-pessoal e da sua vida profissional. MacGregor disse que os lideres e executivos " devem trabalhar com base nos sentimentos e no feedback". Ele estava certo. Uma empresa é aquilo que fazemos dela. Se a tratarmos como um altar de fatos e de lógica, como uma calculadora, ou uma máquina ou regimento militar, isso é o que ela será. Mas que tal se em vez disso, a tratássemos como algo precioso e vivo, uma organização de ideias criativas e relacionamentos na base da confiança a ser cultivada e nutrida, valorizada e exaltada como uma família, uma comunidade ou um templo ?

Penso em muitos dos meus colegas de profissão, a maioria dos quais durante o curso de administração de empresas, computava pelo menos um milhão de números e analisava milhares de balancetes. Mas nenhum deles tinha trinta segundos de opinião sobre o ABC da construção de relacionamentos profundos, confiantes, ou sobre como respeitar e expressar a verdade dos sentimentos humanos e a intuição criativa -- a inteligência combinada de coração e mente -- ou sobre como manter a credibilidade e integridade apesar dos problemas em vez de se ver esmagado ou desorientado por eles.

Todos nós conhecemos pessoas que tiveram sucesso na escola, mas fracassaram na vida, e vice-versa. Todos conhecemos pessoas cheias de bom senso ou criatividade que saíram mediocremente em testes académicos. Eles são um constante lembrete de que é preciso mais do que cultura académica para ter sucesso. E no entanto parecemos ignorar completamente as descobertas de que o QI está relacionado apenas 4 por cento do sucesso no mundo real. Em outras palavras, 96 por cento relacionam-se a outras formas de inteligência.

Voltaire observou que para os antigos romanos, sensus communis, significava não somente senso comum, mas também humanidade e sensibilidade -- inclusive o completo uso dos sentidos, do coração e da intuição. Sim os negócios são impulsionados pelo poder do cérebro. Mas para pensar bem e ter um sucesso duradouro, precisamos aprender a competir com cada aspecto da nossa inteligência, e não apenas do pescoço para cima. Além disso, as últimas descobertas neurológicas indicam que a emoção é um "combustível" indispensável para o cérebro ser capaz de raciocínios mais elevados.

Pessoas e organizações bem-secedidas de todo o mundo compreenderam que há muitas outras dimensões da inteligência prática e criativa além do QI. E, como o psicólogo de Yale Robert Sternberg afirmou, " as pessoas dão importância ao QI, mas o QI não tem importância... Não podemos esquecer de que o que realmente importa no mundo, não é a inteligência inerte " então para onde nos voltamos ? Um dos rumos é a Inteligência Emocional.

Pergunte a si mesmo: Quais dessas capacidades que desenvolvo e priorizo hoje contam para a minha carreira e são um investimento em mim mesmo ? Não se trata de uma questão infundada. Ha uma grande chance de que sua resposta possa, de acordo com as novas pesquisas, determinar o seu futuro.

Robert Cooper

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