domingo, 10 de julho de 2011

AI ! AI ! QUE AS AUTARQUIAS VÃO FICAR SEM DINHEIRO

 O presidente das autarquias portuguesas Fernando Ruas, veio hoje a terreno clamar ai ai ai ! que vamos ficar com menos 1200 milhões de € para os nossos orçamentos. Como é que nos vamos governar sem esta maquia ? Perguntava ele. Como vamos fazer face às despesas correntes ? às nossas obrigações ?
Pois eu respondo-lhe.

  • Despedir alguns milhares de boys e girls que têm ao vosso serviço, nas autarquias e nas empresas municipais que criaram para servir os vossos interesses, e poderem arranjar forma desorçamentar as vossas dívidas. Sim ! milhares. Basta qualquer cidadão com dois dedos de testa ir aos vossos serviços para concluir  que à gente a mais. Mas agora quem vai ter que pagar de facto os vossos desmandos ? O contribuinte privado não é ? Mas não podem despedir, pois é ? A constituição não deixa. Tão bom. Os que querem trabalhar, porque o estado está falido e não dinamiza, antes pelo contrário suga a economia, vão ter que emigrar porque cá não arranjam emprego, ou estão mesmo desempregados. Aguentem-se ! porque que nós não estamos em condições de apertar mais o cinto. Não é sr Fernando Ruas?
  • Racionalizem mais o gasto. Ou seja fazer o mesmo ou ainda melhor com menos despesa. Exemplo: nos milhares de jardins em que gastam milhões em água (bem escasso) para regar relva e fazer o corte. Ou seja com a manutenção Em vez disso racionalizem a construção e o design das mesmas de forma a que o seu custo de manutenção desça para menos de dois terços.
  • Que quando analisem orçamentos de mobiliário público sem mais profissionais. Ou seja mais gestores. Exemplo na compra de mobiliário público. Em vez de comprarem sempre aos mesmos, não tentem comprar com o argumento de que é mais barato. Tentem encontrar mobiliário sim, mas mais resistente. Porque isso do mais barato, serve á para alimentar constantemente as empresas que vivem à custas da despesa pública. Vendem porcarias muito bonitas, mas passado 2 ou 3 anos  aquilo já está tudo podre. Então voltam a fornecer mais e mais e assim sucessivamente. Vocês não vêm, que o dinheiro mal gasto não é aplicado noutras coisas ?
  • Que essas engenheirecas e engenheirecos que desenharam muitos espaços públicos nas cidades com base no programa polis, que em vez de fazerem aquelas  modernices faraónicas, que dispendem milhões de euros, fizessem sim, intervenções no sentido (programa polis) de renovar espaços abandonados e degradados, o fizessem com um planeamento mais alargado, mas ao mesmo tempo mais económico. Se o dinheiro para esses programas abunda, em vez de redesenharem um ou dois espaços, gastando mal (alguns casos muito mal e com resultados a nível estético horrível. Exemplo na Covilhã), apliquem o dinheiro do programa na renovação de quatro ou cinco espaços gastando o mesmo e ficando tudo melhor. Ao nível do desenho e renovação de espaços público para lazer, nada melhor que agir com simplicidade. Nestes casos, a simplicidade é em tudo boa conselheira. Boas árvores, algum mobiliário urbano. Mas não daquela madeira rasca, que no ano seguinte já está seca e ressequida. Daqueles materiais sintéticos a imitar a madeira que poderão ser um pouco mais caros, mas no médio longo prazo são baratissímos (não alimentam é constantemente aqueles vivem à custa dos orçamentos públicos). Intervenções ao nível do solo, de forma a diminuir ou mesmo eliminar a manutenção. Há muitas formas de o fazer e ficam esteticamente muito bonito. É que se querem arranjar emprego para jardineiros e outros afins, há tantas outras coisas onde poderão intervir e melhorar.
  • Que o processo de fiscalização da intervenção dos privados nos arruamentos, seja de facto fiscalizada. O que se verifica, é que na GRANDE maioria das cidades os danos efectuados por privados nos arruamentos, são corrigidos pelos mesmos, mas péssima mente mal. Ao responsáveis por este pelouro, devem andar a pé. Ou então não saem dos gabinetes. Porque quando tapam um buraco, viram-no ao contrário. É que depois os arruamentos ficam de tal maneira degradados, que depois  de um inverno de cima, terão que ser os sr autarcas a mandar arranjar novamente. Lá estamos nós a pagar.
  • Tantos assessores para quê ? São precisos não é ? Nós o comum dos cidadãos não percebe nada disto. Para funcionar precisamos de pessoal. Mas é uma chatice não é, o cidadão que apesar de não perceber nada, às vezes investiga, e verifica, que autarquias doutras cidades europeias com maior dimensão que a nossas, não só em termos de habitantes, mas tb em área territorial, tem no total um nº de funcionários muito inferior. Exemplo do ajuntamento de Madrid. Tem alguns milhares de funcionários a menos que a câmara de Lisboa. Porque será ? AH! também tem boys, claro que têm. Mas têm muito mas mesmo muito menos. Passaram-nos à frente. Estão num estádio de desenvolvimento muito superior. Por isso é que não foram intervencionados pelo FMI, apesar das dificuldades.
Sr Fernando Ruas, haveria muito, mas mesmo muito mais a dizer onde os senhores poderiam cortar mais na despesa. Bastava um empresário que sabe o que é gerir uma tesouraria, com a responsabilidade pessoal dos seus actos (coisa que voçês não têm e que é limpo com o acto eleitoral) fazer um estágio de um mês nas vossas auarquias para saber onde cortar mais. Mas a choradeira ainda só agora começou.

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