Bastou que uns míseros 1.1 % de crescimento no segundo trimestre deste ano, para que viessem logo as almas tristes destes governantes falar em inversão de tendências. Se bem que nos discursos ou em comunicações para a imprensa, não tenham embandeirado em arco, foi o suficiente para manifestarem algum alívio. O professor Marcelo dizia ontem, que já podemos ter batido no fundo, e que agora só poderemos subir. Estou mais inclinado, de que no final do ano, estaremos na mesma. Oxalá me engane !
Este crescimento, e nomeadamente do emprego, deve-se essencialmente a factores conjunturais. Não estruturais. Sendo um destes e o principal, o crescimento do turismo, e nomeadamente, devido não a qualidade da oferta, mas sim ao clima de instabilidade que se vive no Norte de África. A agricultura, sim, também está a crescer, mas só com reflexos de monta daqui por uns 2 / 3 anos. Crescimento agora, só se for da apanha do tomate e das uvas......
O aumento das exportações nunca poderá ser no curto prazo sustentado, já que a procura dos nossos produtos nunca vai aumentar muito rápido. A procura dos nossos produtos, está (e continuará) ainda muito assente no preço, e não nos podemos esquecer que temos a apertar-nos, o torniquete do €uro; os direitos adquiridos, e dos iluminados do Tribunal Constitucional.
O nosso tecido produtivo não se reestrutura no curto prazo, de forma a melhorar e aumentar a qualidade da oferta, tornando mais rígida a procura. A procura dos nossos produtos, é muito elástica ao preço. E neste momento, o preço é muito elevado, porque a dívida continua a aumentar, e a tornar os preços do sector privado (com os custos de contexto) muito altos.
Os nossos "fundamentals" de competitividade, continuam muito fraquinhos, e estes idiotas do governo e da oposição não se entendem, de forma a fazer o que fizeram em momento oportuno países do norte da Europa, tais como a Suécia, Finlândia, Dinamarca e mesmo a Alemanha. Reestruturarem em clima de consenso alargado todo o Sector Público
Resta-nos mais do mesmo. Tratados pejoradicamente de PIGS
Mas quais são de facto os nossos factores de competitividade ? Lembram-se que à bué (1993), esteve cá um sr chamado Michel Porter, que fez um estudo sobre os factores de competitividade da nossa economia. Vão lá ver no sótão esse estudo. Dentro de vários factores de competitividade havia um que sobressaia sobre ou outros. É muito difícil saber aos senhores, que andam nos seus gabinetes, e quando saem (o que é poucas vezes) passa-lhes por cima. Não vêm nada pois não ? É que os burros só olham em frente. O que é ?
O SOL ...................................................> turismo...................>agricultura............> energia
Não foi por acaso que uma das primeiras medidas do novo ministro da economia Pires de Lima (em quem eu deposito tantas esperanças), foi ter ido ao Algarve, nomeadamente a Portimão, anunciar o desbloquear de verbas para o aumento da possibilidade de atracarem e se movimentarem navios de turismo de maior calado, e com maior pilim.
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