segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ILUSÃO

Quando ouvimos nos media,  indivíduos das nossas elites políticas falar sobre a situação económica e financeira do nosso país,  manifestando o seu desagrado pelo excesso de austeridade aplicada, é de bradar aos céus o estado de ilusão em que esta gente se encontra.  Antes de andarem a pedir autorização à troika para aumentar o endividamento, ou prolongarem o prazo do seu pagamento,  deviam era ter vergonha, pela situação humilhante em que nos encontramos. 

Pensar que alguma coisa vai mudar no sentido do aliviar do castigo a que estamos submetidos com as eleições alemãs; caiam na realidade. Nada vai mudar de essencial quanto à politica financeira para a Europa. A esperança já residia em Francois Holande aquando das eleições francesas. A montanha pariu um rato. Nada mudou.

O empobrecimento é na actual realidade do euro um facto para os países super endividados. Com mais ou menos resgate, com mais ou menos perdão, com mais ou menos prazo de pagamento, com maior ou menor rating, vamos ter que nos ajustar.

Pode parecer um discurso salazarento, mas tal como nas pessoas, nas famílias, nas empresas e principalmente no sector público, as dificuldades aguçam o engenho. Não é nada anormal. É a natureza humana. É a mesma natureza humana, que perante as dificuldades corrige as trajectórias. Existem centenas de empresas, que estão a reagir muito bem. Em geral o sector privado está a ajustar-se. Muitos desempregados estão a emigrar. Tenho a certeza que muitos dirão maravilhas da experiência. Outros não. É a vida.

O sector público precisa de se libertar das areias movediças em que se move, e que para lá puxa o sector privado. Precisa de se libertar daqueles que vivem à custa da sua exploração. Enquanto o processo não for feito, deixem-se de ILUSÕES.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre achei que, pelo menos por pudor, deveríamos evitar os discursos da falta de alternativas. É triste haver tanta gente com tão pouca imaginação, a engolir e debitar o discurso da solução única. A vida, ensina-nos à saciedade que nem sempre o que parece é e que muitos são os caminhos que vão dar a Roma. Será que em última análise, pelo menos por bom senso, não deveremos duvidar do empobrecimento preconizado pela TROIKA como única via para Roma?

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